Durante uma ação integrada entre as polícias Civil e Militar no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, um grupo suspeito de envolvimento em diversos crimes no Vale do Juruá foi detido nesta quinta-feira (17). Entre os presos está Messias, apontado como o principal responsável pela execução do jovem João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, encontrado morto no Rio Juruá em março deste ano.
A prisão faz parte de uma operação conjunta que mira integrantes de uma organização criminosa com atuação no interior do estado. De acordo com o delegado Heverton Carvalho, Messias foi o responsável por articular o encontro entre João Vitor e os criminosos, convencendo uma amiga da vítima a levá-lo até o local onde ele foi sequestrado, torturado e, posteriormente, morto.
“É um indivíduo que ficou incumbido da missão de convencer a suposta amiga de João Vitor a levá-lo até a região onde ele foi torturado e depois morto, tendo o corpo jogado no rio. Ele é um dos principais executores do crime organizado em Cruzeiro do Sul”, afirmou o delegado.
Além de estar diretamente ligado à morte de João Vitor, Messias é investigado por participação em pelo menos outros seis homicídios na região. Após o assassinato, ele fugiu de Cruzeiro do Sul e passou a se esconder entre os municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, onde continuou praticando crimes.
“Quando o cerco policial se fechou aqui em Cruzeiro do Sul, surgiram informações de que ele teria cometido um homicídio no Peru. Depois, ele se fixou no entorno de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. A situação ficou crítica em Thaumaturgo, e o reforço policial no município o obrigou a descer para Porto Walter, onde conseguimos localizá-lo”, explicou Carvalho.
Além de homicídio, o suspeito também será investigado por tráfico de drogas, sequestro e porte ilegal de arma de fogo. “Ele é conhecido por sua atuação dentro de uma facção criminosa e vai responder por diversos crimes ligados à atuação dessa organização”, completou o delegado.
As investigações apontam que João Vitor foi atraído para uma emboscada. A mulher que teria convencido a vítima a ir ao encontro dos criminosos foi presa no dia 11 de março e solta três dias depois. Outras duas pessoas também foram detidas sob suspeita de envolvimento direto no assassinato.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no crime e aprofundar os vínculos da organização criminosa na região. A polícia não descarta novas prisões nos próximos dias.
Com informações do repórter Gledsson Albano para TV Gazeta
