Exame é exigido para categorias C,D e E
Agora que o exame toxicológico voltou a ser obrigatório, depois que o Denatran conseguiu derrubar a liminar que suspendia o procedimento, os condutores passaram a procurar laboratórios pra conseguir a habilitação ou renovação da carteira de motorista. Em Rio Branco, um dos sindicatos ligados ao transporte terceiriza o serviço de coleta de material biológico, em parceria com um laboratório de São Paulo.
Sem o resultado do exame, que identifica se o motorista consumiu drogas e anfetaminas nos últimos três meses, o processo de renovação e de emissão da Carteira Nacional de Habilitação não prossegue.
Com isso, os condutores das categorias C, D e E do Acre voltaram a procurar laboratórios que realizam o exame toxicológico. Em Rio Branco, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários (Sintraba) oferece o serviço de coleta de material biológico e envia para um laboratório de São Paulo.
Antes da retirada de cabelo ou pelos, os condutores passam por entrevista e são repassadas informações sobre o procedimento.
A enfermeira Gilmara Araújo, explica que no caso do cabelo, é preciso coletar no mínimo 3 centímetros e em pelos do corpo, como pernas e braços, a coleta de material exige no mínimo 4 centímetros. “Um centímetro equivale a 30 dias então 3 centímetros equivalem a 90 dias, então dá o resultado certo se a pessoa nos três meses anteriores consumiu algum tipo de droga, medicamentosa, tipo a anfetamina, o rebite ou as ilícitas como cocaína, heroína e crack”, explica.
Pra garantir a credibilidade do procedimento, são feitas duas coletas. O resultado demora entre 15 e 20 dias para chegar. Se o exame der positivo, o motorista tem até 90 dias pra refazer o procedimento.
O Sintraba faz críticas à nova lei de trânsito, devido o alto custo do exame, que dependendo do laboratório pode chegar a R$ 600,00.
“Diante de uma crise sem precedentes que já se vive essas leis de forma contraditórias colocam no bolso do trabalhador mais essa responsabilidade. Se é da segurança pública, então a segurança pública que banque e não coloque para o trabalhador. Hoje embora o custo no sindicato para os associados seja de R$ 310,00 e para não associados de R$ 320,00, ainda assim, acreditamos que está ferindo o bolso dele”, disse o presidente em exercício, Adalto Merceis.
A categoria também considera a obrigatoriedade do exame discriminatória. “Por que não somos só nós que causamos acidentes e muito menos vão encontrar motoristas das categorias C, D e E drogados. Eles são trabalhadores. As demais categorias A, AB e A não é exigido e isso é dois pesos e duas medidas”, crítica.
Como alternativa ao exame toxicológico os motoristas acreditam na eficácia da fiscalização nas estradas e campanhas educativas.
