Eles alegam que CPI pode gerar demissão em massa
Representantes do Sindicato dos Profissionais do Transporte e Máquinas se reuniram nessa quinta-feira (9) na Câmara de Vereadores de Rio Branco e ameaçaram os vereadores que assinaram a CPI.
“Se começar a investigação dos contratos do transporte coletivo, vamos fechar essa cidade: colocar caminhões e máquinas nas ruas centrais para mostrar nosso poder”, disse o presidente do sindicato dos caçambeiros, Júlio Farias.
A justificativa usada pelos sindicalistas é que a investigação sobre possíveis irregularidades e ilegalidades pode levar à nulidade dos contratos com a prefeitura e a consequente demissão dos motoristas e cobradores.
Os vereadores que assinaram o pedido de criação da comissão acreditam que tudo não passa de pressão para impedir que se faça uma investigação no transporte coletivo que apresenta indícios de ilegalidades nos contratos. “As pessoas estão falando em demissão sem ao menos ter começado os trabalhos de investigação. A Câmara não assinou contrato com empresas. Temos que mostrar a realidade para que a população não seja prejudicada. É nela que temos que pensar primeiro”, alegou o vereador Emerson Jarude.
O vereador Roberto Duarte acusou a mesa diretora de protelar a escolha dos membros que vão compor a CPI. Os nomes seriam apresentados nessa quinta-feira. “Ao invés de levar a frente a CPI, estão marcando reunião com sindicatos. Se eles querem falar, que venham falar à comissão, no momento certo”, reclamou.

