O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou na manhã desta quarta-feira (6), às 8h30, em seu gabinete, o Decreto de Situação de Emergência em razão da forte seca e estiagem que vêm afetando o município ao longo de 2025. A medida busca garantir ações emergenciais e facilitar o acesso a recursos para reduzir os impactos da crise climática sobre a população e os serviços essenciais.
Assim como em 2024, a capital acreana pode enfrentar um período de seca extrema, de acordo com as previsões meteorológicas. Antecipando-se aos efeitos do chamado “verão amazônico”, época de calor intenso que atinge todo o estado do Acre. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) elaborou um Plano de Emergência, sancionado hoje pelo prefeito.

Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, o decreto é resultado de um levantamento técnico realizado em conjunto com outras secretarias municipais.
“Nós já realizamos todos os levantamentos da Defesa Civil, juntamente com a Secretaria de Agropecuária. Também solicitamos os relatórios do Saerb, responsável pelo abastecimento de água na zona urbana, e da Secretaria de Saúde, para ter todos os elementos que sustentem, inclusive, um reconhecimento federal. Todo esse trabalho foi encaminhado ao gabinete do prefeito para análise e sanção”, explicou.
A capital já soma mais de 50 dias sem chuvas significativas, e as projeções apontam para mais 90 dias de estiagem. O cenário preocupa autoridades e comunidades, especialmente na zona rural, onde represas e poços começam a secar e famílias enfrentam dificuldades no abastecimento de água.
“O Rio Acre já dá sinais de que teremos uma seca muito forte. Muitas famílias na zona rural já têm problemas no abastecimento, e a Prefeitura iniciou, em 7 de julho, a distribuição de água nessas localidades. Com o decreto, vamos intensificar as ações não apenas no abastecimento, mas também em outras medidas emergenciais”, afirmou Falcão.

A partir da sanção, a Prefeitura poderá ampliar ações humanitárias, como a distribuição de cestas básicas, repetindo o trabalho realizado em 2024, quando 4.400 famílias foram atendidas com 96 toneladas de alimentos.
“O decreto nos dá amparo para buscar apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e minimizar prejuízos, especialmente para o pequeno produtor e a agricultura familiar. Quando ele perde a produção, perde também o poder econômico. O prefeito Tião Bocalom já nos solicitou planejar novamente essa ação humanitária para levar alimentos a esses produtores”, completou o coordenador.
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