A seca no Acre tem apresentado sinais preocupantes neste ano. Segundo a Defesa Civil de Rio Branco, o Rio Acre atingiu, nesta terça-feira (1), a terceira menor cota registrada desde o início das medições históricas, em 1972. O nível das águas chegou a apenas 2,3 metros, um indicativo claro de que a estiagem pode se intensificar ainda mais nos próximos meses.
Esta manhã começou com temperaturas mais amenas na capital acreana, entre 15°C e 26°C, mas a aparente sensação de alívio térmico esconde um agravante importante: a baixa umidade relativa do ar, que impacta diretamente a saúde da população e, sobretudo, o nível dos rios da região.
Cota histórica
O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Cláudio Falcão, explica que o atual cenário é reflexo de um agravamento iniciado ainda em maio e que se intensificou ao longo de junho. “Agora, ao entrarmos nos meses de julho, agosto e setembro que fazem parte do verão amazônico, a tendência é que a situação piore ainda mais”, afirma.
De acordo com ele, a marca atual é inferior à registrada no mesmo período de 2023, que teve a segunda menor cota da história do Rio Acre. “Estamos passando pela terceira pior cota dos últimos 11 anos, o que reforça a necessidade de alerta e de ações emergenciais”, pontua.
Impacto
A estiagem prolongada tem reflexos diretos na economia local, especialmente no setor rural, onde plantações têm sido perdidas por falta de chuva. A navegação fluvial, essencial para o transporte em áreas isoladas do estado, também é comprometida. Além disso, há impactos no abastecimento de água na zona urbana, enquanto na área rural a situação tem sido amenizada com apoio da Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Agricultura, que vêm realizando o transporte de água potável para comunidades mais afetadas.
Com as previsões meteorológicas indicando ausência de chuvas nos próximos meses, os órgãos de proteção alertam para a necessidade de racionamento, prevenção a queimadas e reforço nas ações de apoio às populações mais vulneráveis. Julho, historicamente um mês de seca, tende a manter o ritmo de agravamento da estiagem na região.
Com informações do programa Balanço Geral Acre, da TV Gazeta.
