Duas jovens deram entrada, no último domingo (8), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral, em Rio Branco, apresentando sintomas graves após consumirem um cachorro-quente no município de Porto Acre. Uma delas chegou à unidade praticamente desmaiada; a outra também estava em estado debilitado, o que fez a equipe médica suspeitar de um possível caso de envenenamento.
De acordo com relatos de profissionais da saúde que estavam de plantão na UPA no momento do ocorrido, as jovens chegaram por meios próprios e receberam atendimento de emergência imediatamente. Uma força-tarefa foi montada pela equipe médica, que acionou inclusive um segundo médico da unidade para auxiliar nos cuidados. Diante dos sintomas apresentados, a hipótese de intoxicação foi levantada ainda durante os primeiros procedimentos.
Com base na suspeita, a equipe médica acionou a Polícia Militar e, simultaneamente, solicitou a transferência das pacientes para o Pronto-Socorro de Rio Branco, devido à gravidade do quadro clínico de ambas. As jovens seguem internadas e estão sendo submetidas a exames e tratamentos necessários.
A Polícia Civil do Acre divulgou uma nota nesta semana confirmando a abertura de investigação sobre o caso, que está sob responsabilidade da Delegacia de Porto Acre. A principal suspeita gira em torno de um possível envenenamento através do molho do cachorro-quente consumido pelas vítimas. A delegacia está conduzindo diligências para esclarecer o que ocorreu, incluindo o levantamento de onde o alimento foi adquirido, o que foi consumido, quem teve acesso ao preparo e outros detalhes relevantes.
Ainda no domingo, o clima tenso na UPA da Sobral se agravou com a circulação de um vídeo nas redes sociais mostrando uma confusão no local. Nas imagens, um homem aparece exaltado exigindo atendimento para sua filha e acusando os profissionais da unidade de negligência. O pai foi retirado da unidade por seguranças.
Segundo apuração feita junto à equipe da UPA, os médicos envolvidos na situação explicaram que o atendimento prioritário estava sendo direcionado às duas jovens em estado grave. A filha do homem, segundo os profissionais, apresentava um quadro que não exigia urgência imediata, o que motivou a decisão de postergar o atendimento naquele momento.
O caso segue sob investigação e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para TV Gazeta
