O Acre voltou a registrar mais um caso de feminicídio, esse é o 6° somente em 2025. A vítima, Erilene da Silva Costa, foi morta com múltiplas facadas dentro de uma residência no Beco Altas Horas, em Tarauacá. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, D. dos S. O., de 31 anos, preso na manhã de quarta-feira (20) no bairro Conquista, no mesmo município.
De acordo com a Polícia Civil do Acre (PCAC), a prisão foi resultado de uma ação da equipe de investigação da Delegacia-Geral de Tarauacá dentro da Operação Shamar 2025, que combate a violência doméstica e familiar contra a mulher. As investigações apontam que o suspeito possui histórico de violência em relacionamentos anteriores.
“Foi um trabalho investigativo intenso, que exigiu respostas rápidas. Atuamos de forma integrada para localizar e prender o suspeito, garantindo que ele responda pelo crime cometido. Nosso compromisso é proteger a vida e combater a violência doméstica em todas as suas formas”, afirmou a policia.
O detido foi encaminhado à delegacia do município e permanece à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia.
Outro caso em investigação
Além do feminicídio de Erilene, a polícia ainda apura as circunstâncias da morte de Jonnavila Ruanna, de 32 anos, ocorrida no dia 29 de junho, em Rio Branco. Ela chegou a ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, mas não resistiu. Investigações em andamento levantam a hipótese de que Jonnavila também seria vítima de violência doméstica.
Com o caso de Erilene, o Acre soma seis feminicídios em menos de oito meses, reforçando a escalada da violência contra a mulher no estado. Entre as vítimas, a maioria foi morta dentro de casa, em situações envolvendo companheiros ou ex-companheiros, e muitas vezes na frente dos filhos.
Casos como o de Erilene e Jonnavila escancaram a urgência de políticas públicas mais eficazes no enfrentamento à violência de gênero e no monitoramento de agressores reincidentes que, mesmo com histórico criminal, continuam em liberdade.
Canais de Ajuda
A denúncia e o rompimento do ciclo de violência são passos desafiadores, mas necessários, que demandam suporte de familiares, amigos e instituições especializadas. O acolhimento da vítima é essencial para romper o ciclo de violência e desvincular-se do agressor.
As vítimas podem procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) pelo telefone (68) 3221-4799 ou a delegacia mais próxima.
Também podem entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, pelo Disque 180, ou com a Polícia Militar do Acre (PM-AC), pelo 190.
Outras opções incluem o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), no telefone (68) 99993-4701, a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), pelo número (68) 99605-0657, e a Casa Rosa Mulher, no (68) 3221-0826.
Com informações da repórter Débora Oliveira para TV Gazeta e editada pelo site Agazeta.net
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