A ginástica rítmica, modalidade que combina dança, movimentos expressivos e o manuseio de aparelhos como fitas, arcos e bolas, vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil. Esse crescimento é particularmente visível no Acre, onde o esporte tem atraído um número crescente de jovens atletas. O desempenho brasileiro nas Olimpíadas, cuja apresentação da nossa seleção começou nesta quinta-feira,8, também tem servido como um incentivo significativo para esses talentos, inspirando-os a alcançar níveis mais altos em carreiras esportivas.
Elissandra Pontes, técnica em ginástica rítmica da AABB em Rio Branco, comenta sobre o aumento da procura pela modalidade: “Essa novidade veio por meio de projetos de extensão promovidos pela Ufac, que trouxemos para cá juntamente com o projeto Amigos Solidários. Atualmente, esses dois são os principais, e a partir deles, o esporte também tem ganhado força em Cruzeiro do Sul”, explica Pontes.
Maria Izabel, de 13 anos, foi uma das classificadas para a competição nacional dos Jogos Escolares Brasileiros, na categoria juvenil. Confiante, ela espera fazer uma boa atuação e, quem sabe, trazer a medalha de ouro para o Acre. “É gratificante poder carregar o Acre no peito em uma competição nacional. Vou dar meu melhor para trazer o título”, afirma Izabel.
Elissandra também destaca como a ginástica rítmica tem superado a visão elitista que muitas vezes lhe é atribuída, com exemplos de talentos nacionais que vieram das periferias. “Existem muitos exemplos de ginastas que vieram da periferia por meio de projetos como esse. A própria Rebeca Andrade, por exemplo, é fundamental para desmistificar esse elitismo”, ressalta a técnica.
Outras três atletas classificadas se destacam na categoria infantil, entre elas Beatriz Parrilha, de 11 anos, que conquistou o primeiro lugar na fase estadual, e Yasmin Lorem, de 12, que começou na ginástica rítmica no ano passado e irá disputar a competição nacional entre os dias 20 e 24 de setembro, em Recife, Pernambuco.
Beatriz Parrilha demonstra estar preparada para representar o Acre: “Treinei bastante. Este é um momento de muita felicidade, porque competir com todo o Brasil é muito importante. O Acre não é muito conhecido, então trazer esse título para o estado seria algo incrível”, disse Beatriz.
Yasmin Lorem também compartilha sua motivação: “Para mim, é um momento de superação. Sempre quis competir e representar o Acre. Não somos muito reconhecidos, então quero trazer esse título para o nosso estado. Tenho treinado dia e noite”, afirma Yasmin.
A pequena Mariah Montari, de apenas 5 anos, está há um mês na ginástica rítmica, mas já sonha em conquistar títulos no futuro. Quando perguntada sobre o que espera da ginástica, ela respondeu com simplicidade: “Eu gosto de fazer ginástica, fazer ponte, estrelinha… E vou querer representar o Acre lá fora, como minhas colegas.
Matéria produzida pelo repórter Marilson Maia para TV Gazeta.

