Crianças e idosos são os mais afetados pela fumaça
Assim como setembro, em países do hemisfério sul cujas quatro estações do ano são bem definidas, a certeza é de um ambiente mais florido, desde o mês de julho, no estado do Acre, a certeza é de dias mais cinzentos. Tempo nublado? Não, fumaça!
Esse período traz uma serie de transtornos que vão desde o acúmulo de fuligens nas áreas das casas ao aumento de problemas respiratórios, cujos mais afetados são as crianças e os idosos.
Betânia de Castro, mãe do pequeno João Miguel de 2 anos, relata que nessa época do ano, o filho tosse mais, além de ficar com a respiração ofegante e o nariz ferido. “Esse período é muito ruim para o meu filho. São noites mal dormidas por conta de tosse, a gargantinha fica irritada… tudo isso fica mais latente nessa época de queimadas, a solução (se é que posso chamar de solução) é fazer nebulização duas ou três vezes ao dia”, explica. “Não tem muito que fazer. Consciência é o tipo de coisa que nem todos têm”, reclama.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros do Estado, somente este ano, aqui na capital, foram geradas 2.498 ocorrências de queimadas urbanas, 90% delas incidiram entre os meses de julho e setembro. Conforme os dados, no ano anterior foram registrados mais de três mil focos de calor. “Esse é o pior dos últimos doze anos, com exceção de 2016, pois foi quando ocorreu a pior seca da história do nosso Estado, até mesmo por isso, o ano passado não é uma boa referência”, afirmou o Major Cláudio Falcão.
Em caso de queimadas urbanas, Falcão esclarece que, para o combate, é necessário que a população ligue no número 193 ou 190, em caso de congestionamento na linha telefônica.
Para denúncias, a ligação deve ser feita para Semeia no número 3228-5765, de 8h às 18h.
