O Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) enfrenta desafios financeiros significativos, com custos anuais de R$97 milhões. Desses, R$52 milhões são provenientes da arrecadação da autarquia, enquanto os R$45 milhões restantes são cobertos com recursos próprios da prefeitura. Esse montante poderia ser utilizado para construir dois viadutos semelhantes ao da Avenida Dias Martins.
Diante dessa realidade, a prefeitura de Rio Branco está considerando a concessão de diversos serviços à iniciativa privada, incluindo os mercados municipais, especialmente o Elias Mansour, que está em processo de reconstrução. No entanto, o prefeito Tião Bocalom esclareceu que a privatização do Saerb ainda está em fase de estudo e não há decisões definitivas sobre o assunto.
“Sou a favor de alguns tipos de concessões, mas também sou contra alguns outros tipos de concessões. Então é uma questão que tem que ser bem discutida, eu não estou falando, inclusive não falei em momento nenhum sobre concessão em absolutamente nada, a gente vai continuar trabalhando do jeito que a gente vem trabalhando, que está dando resultado.”, afirma o prefeito.
O sindicato manifestou interesse em discutir a possível concessão do Saerb por meio de uma audiência pública, com a participação obrigatória do Ministério Público, do sindicato e da Câmara Municipal de Rio Branco.
Atualmente, o Saerb atende a 81 mil usuários. Nos bairros mais afastados do centro, o abastecimento de água enfrenta desafios devido à rede antiga e à captação que pode colapsar a qualquer momento. As estações de tratamento de água foram afetadas pela erosão do barranco, e a prefeitura busca recursos junto ao governo federal para construir um novo ponto de captação mais seguro e menos oneroso para o município.
Matéria produzida pelo repórter Adaílson Oliveira para a TV Gazeta.
