O problema envolvendo pistas de pouso no Acre tem se tornado recorrente, principalmente em municípios do interior. Segundo denúncia recebida pela deputada estadual Michele Melo (PDT), uma família foi prejudicada ao aguardar atendimento de urgência que não pôde ser realizado em razão da ausência de autorização para pouso e decolagem.
De acordo com a parlamentar, anos atrás o maior gargalo era a infraestrutura das pistas. Hoje, porém, o entrave principal é a burocracia. Mesmo havendo aeronaves, equipes e aeródromos em funcionamento, algumas localidades não possuem autorização para operações noturnas, o que impede o resgate de pacientes durante a madrugada.
A responsabilidade pela liberação das operações cabe a órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Para Michele Melo, falta articulação do governo estadual junto às instituições federais para garantir que esse tipo de atendimento não seja prejudicado.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, informou que já iniciou tratativas com o Ministério da Saúde e outros órgãos federais para tentar solucionar o problema. Segundo ele, a situação afeta principalmente cidades menores, onde os aeródromos não contam com autorização para funcionar durante a noite.
“Alguns atendimentos são de vida ou morte e não podem esperar até o dia seguinte. Não se pode brincar com a saúde e com a vida”, declarou a deputada.
