Exército Brasileiro participou por tratar de uma região de fronteira
Uma operação rotineira de fiscalização realizada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio do Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf), em região de fronteira gerou polêmica, após fiscais chegarem à propriedade acompanhados de militares do Exército Brasileiro.
A propriedade situada no município de Capixaba, interior do Acre, pertence ao produtor rural Jorge Moura, o maior agricultor de soja do estado. Na chegada dos fiscais e militares o fazendeiro considerou a atitude uma forma de intimidação desnecessária e logo começou a gravar toda a ação.

“Não sou contra a fiscalização, mas eu me revoltei com a forma. Quando o caminhão do Exército chegou, eles pularam do veículo com armas de grosso calibre, como se nós fossemos bandidos, e nós não somos bandidos”, explica Jorge Moura.
O caso ganhou repercussão entre os produtores, associações e federações ligadas à agricultura, entre eles, a Federação de Agricultura e Pecuária do Acre se manifestou contra a presença do Exército.
Na política, o senador Sérgio Petecão publicou um vídeo em suas redes sociais se solidarizando com Jorge Moura. O ex-senador Jorge Viana também saiu em defesa do produtor e disse que é preciso respeito com quem trabalha.
Em contra partida, o superintendente do Mapa no Acre, Fernando Bortoloso, explicou que a ação faz parte da operação de fiscalização da fronteira do estado, que acontece de forma simultânea.
O órgão assegurou que a operação acontece de forma rotineira e tem como finalidade impedir o comércio de animais, produtos veterinários e uso de defensivos agrícolas irregulares contrabandeados de países vizinhos.
“O Exército estava atuando por se tratar de uma região fronteiriça e de segurança nacional. O quantitativo foi demandado pelo próprio Exército através do serviço de inteligência. Por se tratar de uma fronteira, nós temos vários ilícitos fronteiriços que acontecem nessa região”, concluiu o superintendente Bortoloso.
