PM foi morto ano passado durante abordagem
Em agosto do ano passado, um policial militar morreu durante uma abordagem. O cabo Alexandro dos Santos foi morto enquanto tentava prender Kennedy Magalhães, que agora vai a júri popular acusado de ter sacado a arma do policial e disparado contra ele. A defesa alega que vai provar a inocência do acusado, baseada em provas e laudos.
Em agosto do ano passado, o fim de uma abordagem policial no bairro Novo Horizonte, em Rio Branco, foi registrado através de um celular. O vídeo foi divulgado nas redes sociais e dividiu opiniões.
No vídeo é possível ver o jovem de 23 anos, Kennedy Magalhães resistindo a prisão. O cabo Alexandro dos Santos, de 36 anos, entra em luta corporal com o suspeito e de repente ouve-se um disparo, que saiu da arma do policial.
Os policiais que estavam envolvidos na abordagem alegaram que o suspeito teria sacado a pistola de Alexandro. O tiro foi na altura do pescoço e a vítima morreu no mesmo local.
O suspeito foi preso em flagrante e aguarda há 8 meses, pelo julgamento.
Kennedy Magalhães irá a júri popular no dia 17 de maio. O Ministério Público sustenta que ele é o responsável por ter atirado no policial. Para o MP, o crime aconteceu mediante violência e resistência aos policiais que o abordaram.
O advogado de defesa do acusado, Sanderson Moura, pretende provar o contrário, que Kennedy não teria condições físicas de atirar e que a arma de fabricação brasileira já apresentou falhas em outras ocasiões.
“Minha defesa será desapaixonada, técnica, em cima de provas, laudos. Será racional, mostrando que ele tinha problemas inclusive no dedo, que não permitiria ele levar o gatilho até o final. Mostrar que o exame residuográfico não deu pólvora na mão do acusado. Mostrar que a arma já foi recolhida no Brasil por que já deu problema em vários lugares por que dispara quando cai no chão. O policial estava com a arma no peito”, afirma o advogado.
Por ser um velho conhecido da polícia, Kennedy, segundo o advogado, teria se irritado com mais uma abordagem. O fato aconteceu em frente a casa dele. Mesmo com uma ficha policial, afirma que vai provar que há inocência do cliente sob essa acusação.
No dia 17 do mês que vem a 2ª Vara do Tribunal do Júri, vai abrigar mais um julgamento polêmico e de muita comoção.
