Sinteac vai realizar assembleia para avaliar
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, visita cada escola de Rio Branco. A sindicalista espera uma grande adesão dos trabalhadores à assembleia da categoria que será realizada nesta quinta-feira (25), às 16h, em frente ao Colégio Barão do Rio Branco (Cebrb). Eles vão decidir se aceitam a proposta enviada pelo governo.
De acordo com a proposta, o Estado repassaria aos professores reajuste de 19,48% e para os funcionários das escolas seriam repassados 23,75%. Esses percentuais seriam divididos em três parcelas: a primeira, para os professores, só em janeiro de 2017; a segunda, em agosto do mesmo ano, e a última em março de 2018. Para os funcionários de escola, a primeira em janeiro de 2017, a segunda em setembro de 2017 e a terceira em junho de 2018.
Segundo Rosana, existe outro problema: o governo paga esses reajustes, mas corta um benefício chamado de VDP (Valorização de Desempenho Profissional), que é uma espécie de décimo quarto salário para aquele profissional que conseguiu cumprir uma série de metas.
Para o sindicato, o governo está repassando o reajuste. No entanto, entende o Sinteac, o Governo está tirando dinheiro do trabalhador, um direito que vem sendo pago desde 2012. “Se tira a VDP para pagar o reajuste, está retirando dinheiro do próprio trabalhador para pagar o reajuste. Assim é muito fácil negociar”, reclamou.
Para o sindicato, o maior questionamento dos trabalhadores é o governo não repassar nenhum reajuste em 2016. Outro ponto negativo é que mesmo com o percentual repassado, em 2018 quando for paga a última parcela, o salário dos funcionários de escola será de apenas R$ 831, o que não chega a um salário mínimo.
O Secretário de Educação do Estado, Marco Brandão, disse que não entende por que o sindicato está questionando. “Na mesa de negociação estava tudo acertado, bastava conversar com os trabalhadores. Agora, vem com essas reclamações que antes não existiam”, informou.
Se os servidores não aceitarem a proposta, a categoria pode entrar em greve geral a partir da segunda quinzena de março, quando começa uma grande manifestação pelo país pedindo melhorias na Educação.

