O rio Acre, único manancial que abastece Rio Branco, atingiu na última segunda-feira (11) a marca de 1,31 metro, segundo medição da Defesa Civil. O nível confirma a tendência de queda e preocupa autoridades e pesquisadores, que observam reduções cada vez mais acentuadas ano após ano.
De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Ivandro Ferreira, 2025 não deve repetir a seca extrema de 2024, mas o cenário segue comprometido. Ele alerta para a possibilidade de novas cheias no próximo período chuvoso e para a intensificação de eventos extremos nos próximos dez anos devido ao aumento das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera.
A Prefeitura de Rio Branco decretou situação de emergência para agilizar medidas de enfrentamento à estiagem. O monitoramento, no entanto, enfrenta problemas: uma pane no sistema automático da Agência Nacional de Águas interrompeu a coleta de dados mais recentes. Técnicos devem ser acionados para restaurar a medição.
Mesmo com a elevação do nível do rio registrada em Assis Brasil e Brasileia, a Defesa Civil prevê que a estiagem deve continuar por 60 a 90 dias, podendo atingir níveis semelhantes aos de 2024. A chegada dessa água a Rio Branco, prevista para as próximas 48 horas, não deve alterar significativamente o quadro de seca.
Com informações de Marilson Maia, para a TV Gazeta.
