O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Acre deu início a uma campanha nacional voltada para a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas, na manhã desta terça-feira (5), em Rio Branco. A iniciativa busca ampliar o banco de dados nacional, permitindo o cruzamento de informações para identificação de pessoas encontradas vivas ou restos mortais que não puderam ser reconhecidos por métodos convencionais.
Segundo a coordenadora do Laboratório de DNA Forense do DPTC-AC, Mônica Paelo, quanto mais famílias participarem, maiores são as chances de localizar desaparecidos.
“Esse banco de dados funciona numa base nacional. Quanto mais familiares vierem fazer a doação do seu material, maiores são as chances de termos o que chamamos de coincidência, ou seja, encontrar um familiar desaparecido. Esse DNA é processado em todo o Brasil, e a busca pode ser feita até mesmo em outros países, por meio da Interpol” explica.
A coleta é simples e indolor. O material genético é obtido a partir da mucosa oral, utilizando um cotonete que é friccionado na parte interna da bochecha. Também é possível fornecer objetos pessoais do desaparecido, como escovas de dente, dente de leite ou cordão umbilical, que podem servir para extração do DNA.
Para participar, o familiar deve apresentar um documento pessoal e informar o número do boletim de ocorrência referente ao desaparecimento. Não é necessário apresentar a cópia do boletim, apenas a numeração.
Embora a coleta ocorra durante todo o ano, a campanha, que segue até 15 de agosto, intensifica as ações para ampliar o banco de dados.
Com informações do repórter Luan Rodrigo para TV Gazeta
