A Polícia Civil ainda aguarda o laudo pericial sobre o acidente ocorrido no dia 17 de abril na Via Verde, em Rio Branco, que já resultou em três mortes e uma pessoa ferida. A mais recente vítima foi Fábio Farias de Lima, de 33 anos, que faleceu na tarde de quinta-feira (22) após semanas internado na UTI do Pronto-Socorro da capital. Ele é a terceira vítima fatal da colisão que envolveu uma camionete e três motocicletas.
Além de Fábio, também morreram no acidente Márcio Pinheiro da Silva, de 45 anos, que faleceu ainda no local, e Carpeggiane de Freitas Lopes, de 45 anos, que morreu três dias depois, em 20 de abril. Raiane Xavier, de 30 anos, foi a única sobrevivente. Ela teve um ferimento profundo na perna e segue se recuperando.
O caso está sob responsabilidade do delegado Karlesso Nespoli, da Polícia Civil do Acre. Em entrevista, Nespoli afirmou que as diligências foram iniciadas de forma imediata e que todas as testemunhas, inclusive o motorista da camionete, Talysson Duarte, já foram ouvidas.
“Desde que ocorreu o acidente, todas as diligências foram tomadas de maneira imediata. Trata-se de uma investigação complexa, com vários veículos e vítimas envolvidas. O condutor do veículo investigado já foi ouvido, agora aguardamos o laudo pericial do local para compreender de forma mais precisa a dinâmica dos fatos”, afirmou o delegado.
O trabalho da perícia técnica foi realizado ainda no dia do acidente. De acordo com Nespoli, os vestígios recolhidos devem ajudar a identificar se houve imprudência ou negligência por parte do condutor da camionete. A principal linha de investigação é determinar se a velocidade estava compatível com as condições da via — que no momento do acidente estava molhada devido à chuva — e com o tipo de curva no trecho da pista.
“A perícia vai nos ajudar a aferir a velocidade e entender se a condução foi compatível com as condições climáticas e da estrada. Isso será determinante para saber se houve responsabilidade por parte do motorista”, completou.
A Polícia Civil não estabeleceu um prazo exato para a conclusão do inquérito, mas o delegado afirmou que o encerramento pode acontecer em breve, a depender da entrega do laudo pericial.
“Estamos trabalhando com a expectativa de receber o laudo na próxima semana. Com ele em mãos, teremos todos os elementos necessários para finalizar o relatório e encaminhar o caso à Justiça”, concluiu.
A defesa de Talysson Duarte, por sua vez, classificou o caso como uma “fatalidade” e afirmou que ele não estava sob efeito de álcool, além de ter prestado todos os esclarecimentos à polícia.
Com informações do repórter João Cardoso para TV Gazeta
