Peso serve para combater a força lateral das águas do rio
Sob os conselhos de engenheiros de São Paulo, Secretaria de Obras de Rio Branco coloca caçambas carregadas de brita sobre a ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como ponte metálica. A medida é para dar estabilidade, diminuindo a força da correnteza que atinge a estrutura.
As águas do rio Acre estão muito perto de alcançar o pavimento da ponte metálica. A estrutura que liga os dois distritos da capital está interditada desde o início da semana. Agora novas medidas foram tomadas para diminuir o impacto das águas na ponte.
Segundo o engenheiro civil e secretário adjunto de obras de Rio Branco, Ricardo Araújo, toda ponte é construída para suportar peso vertical e não lateral. Na noite desta terça (3) foram colocados no vão final da estrutura, próximo ao segundo distrito, oito caçambas carregadas de brita, cada um com cerca de 25 toneladas. Cada pilar recebe uma carga para aumentar a pressão e combater a força lateral.
“Os apoios são livres, então há um tabuleiro onde quando a água passa, funciona como barco e flutua, então estamos fazendo com que ele se mantenha na posição de engaste, com o peso dando essa sobrecarga para manter a estabilidade”, explica Ricardo Araújo.
Segundo o engenheiro, os caminhões com quase 200 toneladas, devem ficar no local até as águas baixarem completamente. A medida de acordo com ele, evita o deslocamento da ponte. “É para dar segurança e preservar essa obra de arte”, completa.
Junto com o trabalho da secretaria de obras, que contou com a assessoria de engenheiros de São Paulo para fazer o cálculo de quantos caminhões com brita seriam necessários para estacionar na ponte, não menos importante é a atuação dos Bombeiros.
Equipes de até 10 homens ficam diuturnamente retirando entulhos e toda sorte de lixo que se acumula nas bases da ponte. O serviço de limpeza que já retirou do rio TV, geladeira e mais de 50 cobras, é importante para dar fluidez na água, evitando criar peso sobre a estrutura.
