Por Kerolayne França
Escrito pela autora norte-americana, Victoria Aveyard, e lançado em 2015, o livro A Rainha Vermelha faz parte de uma ordem cronológica que foi dividida em cinco livros, sendo eles: A Rainha Vermelha, Espada de Vidro, A Prisão do Rei, Tempestade de Guerra e Trono Destruído.
A saga é um sucesso entre a literatura juvenil e jovens adultos. A autora é destaque no número de vendas do The New York Times e a saga já foi traduzida em mais de 37 línguas.
O livro conta a história de Mare e sua família que são plebeus humildes que vivem em um vilarejo chamado Palafita, no Reino de Norta. Essa sociedade é definida pela cor do sangue. Os vermelhos são as pessoas comuns que vivem para servir a elite. Os prateados são ligados à nobreza devido aos seus poderes mágicos e bem específicos de acordo com a família de origem.
O curioso é que Mare não é só mais uma plebeia de sague vermelho naquela comunidade, por obra do destino ela consegue um emprego no palácio real e em frente ao rei e toda a nobreza prateada, ela descobre que possui um poder misterioso.
Em meio a toda essa descoberta, as ações da garota transformam o ambiente em um campo de batalha que coloca príncipe contra príncipe e Mare contra o que ela acredita.
Considero que o diferencial do livro é justamente fazer uma critica a sociedade que valoriza o dinheiro e o poder de forma abusiva. A autora descreve bem sobre a questão da pobreza e esse grande abismo que existe entre ricos e pobres.
A história traz uma discussão sobre como os prateados esperavam sentimentos de gratidão dos vermelhos por terem colocado eles naquele emprego, como se fosse mil maravilhas, sendo que não era assim, eles eram tratados de forma cruel.
A narrativa relata também sobre os discursos que o rei dava, informando que proporcionou uma vida digna e justa para os de sangue vermelho, mas que devido aos ataques isso acabaria, ou seja, não tinha uma liberdade de expressão, eles tinham que acatar o que a nobreza falasse, independente de concordar ou não. Acredito que a autora poderia ter se aprofundado mais nessa discussão.
É importante frisar que a escritora buscou trazer para a capa do livro a narrativa, pois existe uma relação entre a fonte, a imagem e a cor utilizada. A fonte está ligada à realeza, enquanto o vermelho representa o sangue da personagem principal. O fundo prateado invoca a nobreza prateada, criando uma conexão visual com a trama.
Para aqueles que gostam de histórias com romance e revolução dos menos favorecidos que não aceitam o sistema que lhe são impostos, está é uma ótima opção.